Definir o regime tributário é fundamental para as empresas e exige uma análise cuidadosa dos prós e contras de cada enquadramento. Se você pretende optar pelo lucro real no setor de comércio, precisa avaliar se a alternativa é a mais vantajosa para o seu negócio.
Tomar a decisão demanda a análise das características do regime e como elas se adequam ao perfil do empreendimento. Assim, você tem condições de escolher a melhor opção para o seu caso.
Conheça mais sobre o lucro real e veja se vale a pena escolhê-lo. Boa leitura!
O que é lucro real?
O regime de lucro real é uma das formas de apuração de impostos das empresas. Ele é obrigatório para algumas companhias, mas também pode ser escolhido por outras, sem restrições de faturamento ou tamanho para a adesão.
Como o nome indica, no enquadramento, os tributos são calculados com base no lucro líquido da empresa. Isso significa que é preciso subtrair as despesas e os custos da receita bruta para determinar a margem tributável. A empresa pode optar pela apuração trimestral ou anual de lucros.
Como ele influencia a carga tributária?
Agora que você sabe o que é o lucro real, é pertinente entender os seus impactos na carga tributária. O regime determina a alíquota do Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).
O resultado é apurado pela contabilidade da empresa e a alíquota do IRPJ era de 15% sobre o lucro em 2024, mais 10% para quantias que excedessem R$ 20 mil mensais. Enquanto isso, a CSLL era de 9%.
Já o Programa de Integração Social (PIS) e a Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) são calculados a partir do faturamento do negócio. A alíquota era de 1,65% para o PIS e 7,6% para a Cofins em 2024.
Quais são as vantagens e desvantagens desse regime?
Após aprender mais sobre o lucro real, é hora de conhecer as suas vantagens e desvantagens. Entre os pontos positivos está a tributação ajustada à realidade, pois o IRPJ e a CSLL são calculados com base nos lucros líquidos — e não no faturamento —, considerando os custos da empresa.
Desse modo, caso a companhia tenha prejuízo em determinada apuração, ela não precisa pagar esses impostos. Além disso, as despesas essenciais podem ser deduzidas. No regime também existe a possibilidade de ter crédito no PIS e na Cofins.
Já em relação aos pontos de atenção, esse é um regime que tende a ser mais complexo. Ele exige uma gestão rigorosa, com um bom controle financeiro. A razão é que erros nos documentos podem resultar em penalidades, como multas.
Quando vale a pena optar pelo lucro real?
Com a leitura até aqui, você conhece as principais informações sobre o lucro real. Agora é o momento de saber quando vale a pena optar pelo regime. No setor de comércio, ele é vantajoso para empresas que têm uma estrutura de custos elevados.
Nesses casos, a possibilidade de dedução dos gastos tende a reduzir a carga tributária. Ainda, essa é uma alternativa quando o negócio opera com a margem de lucro reduzida. Em momentos em que a empresa enfrenta dificuldades temporárias e tem prejuízos, o lucro real também se destaca.
Agora que você conhece melhor o regime de lucro real, faça uma avaliação detalhada e consulte um especialista para decidir a melhor estratégia tributária para o seu negócio. A escolha certa pode fazer uma grande diferença nos resultados financeiros da empresa.
Quer se aprofundar no assunto? Conheça mais sobre as obrigações fiscais de uma empresa e fique em dia com os seus compromissos!